Por causa do pecado, as coisas não são mais da forma que deveriam ter sido originalmente. O pecado arruína a imagem de Deus em nós; não refletimos mais a perfeição com que Deus nos criou. A história da humanidade, tal como apresentada na Bíblia, é a história de Deus restaurando pessoas perdidas em um mundo arruinado. É a história da vitória de Deus sobre os muitos resultados do pecado no mundo.
O que é pecado?
O pecado é a falha em obedecer a lei moral de Deus em atos, atitude ou natureza. Um dos lugares em que podemos encontrar a lei moral de Deus ao longo da Bíblia são nos dez mandamentos (Êx 20.1-17).
Deus é eternamente bom em seu caráter; tudo o que ele é se acha em perfeita conformidade com sua lei moral. Portanto, qualquer coisa antagônica à sua lei moral é contrário a seu caráter. Deus odeia o pecado porque esse contradiz diretamente tudo o que ele é.
De onde vem o pecado?
Em razão de o pecado estar em plena contradição com Deus, ele não poderia ser o originador do pecado (Dt 32.4; Tg 1.13). No entanto, também lemos na Bíblia que Deus “faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade” (Ef 1.11). Dessa forma, parece que ele, de algum modo, ordenou que o pecado viesse ao mundo.
O pecado não pegou Deus de surpresa. Em vez disso, ele decidiu deixar que as criaturas morais, deliberada e voluntariamente, escolhessem pecar. Juntar essas duas verdades é uma das questões mais difíceis na teologia, e nos é saudável admitir um elemento substancial de mistério, reconhecendo que um entendimento completo a respeito está além da capacidade de qualquer pessoa hoje.
O pecado existiu em Satanás e seus demônios antes da desobediência de Adão e Eva, e então entrou no mundo dos humanos através da decisão deles de desobedecer o mandamento de Deus. Como resultado, a natureza de Adão tornou-se pecaminosa. O pecado tornou-se algo que Adão praticava naturalmente e também nos fez herdar uma natureza pecaminosa, que é naturalmente oposta a Deus e à sua lei moral (Rm 7.18; Jr 17.9; Sl 51.5; 58.3).
Como o pecado nos afeta?
Todos são culpados perante Deus. O Senhor disse que a pena por comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal era a morte (Gn 2.17). Paulo nos diz que a morte é realmente a penalidade para cada pecado (Rm 6.23). Mas assim como Deus não aplicou imediatamente a pena da morte sobre Adão e Eva, ele não faz o mesmo conosco. Na verdade, por meio da vida, morte e ressurreição de Cristo, Deus nos livra da condenação que o pecado traz (1Pe 2.24; Rm 8.1).
Então, ao pecarmos como cristãos perdoados, nossa posição legal diante de Deus não é afetada. Ainda somos perdoados porque a morte de Cristo pagou por todos os nossos pecados (1Co 15.3; 1Jo 3.2).
No entanto, embora o pecado não afete nosso estado ou permanência com Deus, ele afeta nossa comunhão com ele, visto que Deus se entristece com nosso pecado, o que pode muitas vezes resultar na disciplina divina sobre nossas vidas, porque Deus disciplina o filho que ele ama (Hb 12.6). Essa disciplina amorosa é para o nosso bem (Hb 12.10).
O pecado também afeta nosso relacionamento e comunhão com os outros. Palavras e ações pecaminosas podem resultar em um relacionamento rompido, mesmo entre os cristãos.
Apesar dos cristãos ainda pecarem, eles não devem participar de um padrão de desobediência de longo prazo cada vez maior à lei moral do Senhor (1Jo 3.9). Se uma pessoa vive em uma prática pecaminosa constante sem arrependimento, isso demonstra que ela não colocou verdadeiramente sua confiança em Jesus Cristo para salvação. Ou seja, suas ações revelam que ela nunca foi cristã de fato. Porém, quando os cristãos pecam, devem honesta e rapidamente confessar seus pecados a Deus que é fiel e justo para perdoar (1Jo 1.9).
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